Se o clima está ruim, evento não ajuda na integração

Além de um balanço do desempenho da empresa e do estabelecimento de metas, os funcionários já esperam algum tipo de confraternização quando chega o final do ano.

Contudo, o tipo de festa deve estar de acordo com o momento que a empresa vive, na avaliação de Fernando Feitosa, superintendente comercial da Across, consultoria de desenvolvimento profissional.

“Se a firma teve um clima ruim durante o ano, não adianta apostar na festa como uma maneira de integrar as pessoas”, afirma Feitosa.

Apesar dos tempos de crise, a LG, que tem mais de 5.000 funcionários, não vai abdicar da tradicional confraternização, afirma o gerente-geral de recursos humanos, Fábio Gurman. “É uma forma de reconhecer o esforço de cada um.”

Mas, para que o evento atinja o seu objetivo e os funcionários sintam-se satisfeitos, é importante que a festa seja planejada, aponta Maurício Marques, sócio-diretor da Agência Setter Projetos Especiais, que realiza eventos corporativos.

Para evitar que os funcionários bebam além da conta e, com isso, estraguem não só a festa mas também a sua imagem dentro da firma, Marques aconselha as empresas a instalarem vários pontos de comida no salão. “Também não pode faltar bebida. Se acaba uma, a pessoa mistura com a que ainda tem e aí é um desastre.”
Outro conselho é limitar a duração do evento. “Quanto mais a festa se estica, mais as pessoas passam da conta.”

Para evitar esses problemas, a franqueadora Mundo Verde adota uma tática simples: nada de bebida alcoólica na festa, que, geralmente, começa às 15h e termina às 18h, segundo Arlindo Antunes, gerente de RH.

Cônjuges
Além da bebida, outro ponto de preocupação é a presença dos cônjuges no evento.

“O acompanhante limita a sinergia da integração, que é a proposta da confraternização”, opina Maurício Marques.

Renata Mello, consultora de imagem corporativa, acrescenta que, além de inibir o funcionário, o cônjuge pode atrapalhar a festa. “Uma vez, uma jovem levou seu namorado para o evento da empresa e ele arranjou confusão. Foi muito constrangedor para ela.”

Para evitar esse dilema, Fernando Feitosa comenta que algumas empresas têm substituído a festa por uma ação social. “Sem consenso, as empresas optam pela boa ação. E não há quem não a aprove.”

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